quinta-feira, 22 de julho de 2010

Presos políticos americanos não fazem manchetes

O artigo abaixo fala de um grupo de presos políticos que parecem não gerar muito frisson entre os "jornalistas" brasileiros. São ativistas anti-racismo, anarquistas, esquerdistas, ativistas pela independência de porto rico, e outros tipos perigosos, todos mantidos presos sob acusações reconhecidamente falsas, em processos fraudulentos, com confissões obtidas sob tortura ou condenados via denúncias falsas, e outras cositas mas. Muitos estão há muitos anos na lista de presos políticos da Anistia Internacional. Nem por isso nossa mídia parece muito interessada em noticiá-los. Será que é porque estes homens estão encarcerados em prisões dos EUA? Sugiro que você busque estes nomes no Google e confira você mesmo.

Abraços

Alexei.


Mídia oculta presos políticos dos EUA

Nos últimos dias, a mídia colonizada tem feito enorme escarcéu com a libertação de dissidentes cubanos. Ele evita contar a verdadeira história de alguns destes “ex-presos políticos”, que agora serão bajulados como “ícones da democracia” a partir da Espanha. A maioria deles tem notórios vínculos com o Escritório de Interesses dos EUA, sediado em Havana. Há provas documentadas de que recebiam orientação e milionários subsídios das agências ianques, como a Usaid.

Reproduzindo as recorrentes manipulações do império, a mídia colonizada só não fala nada sobre os presos políticos dos EUA, muitos deles detidos sem mandato judicial, mantidos em solitárias e cruelmente torturados – como já revelaram vários vídeos no Youtube. Além de ser a recordista mundial em população carcerária, com mais de sete milhões de presidiários, esta nação imperial mantêm centenas de presos políticos – mas a mídia colonizada não faz qualquer estardalhaço.

O silêncio sobre os cinco heróis cubanos

A base militar de Guantánamo, por exemplo, concentra 183 presos, que não tiveram direito a julgamento. Já o líder dos Panteras Negras, o jornalista Mumia Abu-Jamal, encarcerado há 27 anos, foi condenado à pena de morte, e Leonard Peltier está adoecendo nas cadeias sob a falsa acusação de ter matado dois agentes do FBI. A mídia também nada fala sobre os cinco cidadãos da Geórgia, seqüestrados na Suíça, injustamente presos e torturados por oito anos. Ou sobre um grupo de uma dezena de independentistas porto-riquenhos condenados à “privação de liberdade”.

Há ainda o dramático caso dos cinco heróis cubanos, detidos na Flórida quando investigavam o atentado que derrubou uma aeronave da Cubana Aviação. Antonio Guerrero, René González, Fernando González, Ramón Labañino e Gerardo Hernández estão presos há vários anos, muitos deles em solitárias e foram até proibidos do contato com os seus familiares. De nada valeram as críticas de dez Prêmios Nobel e de centenas de personalidades e entidades de direitos humanos às arbitrárias prisões e aos falsos julgamentos e a exigência da libertação dos heróis cubanos.

Ofensiva midiática contra Cuba

Como afirma o jornal Prensa Latina, a hipocrisia dos EUA conta com a cumplicidade da mídia. “Os Estados Unidos, preocupados em transformar presos comuns cubanos em patriotas, através de uma campanha midiática mundial, desconhecem os direitos humanos dos presos políticos que estão em seus presídios. Contam com milhões de palavras difundidas nos meios de comunicação controlados por Washington para apoiar essa nova arremetida contra Cuba, na qual participam os setores mais conservadores da mídia latino-americana e européia”.

Abaixo, uma lista parcial dos presos políticos nos EUA, que a mídia colonizada evita divulgar:

- Abdullah, Haki Malik
- Abu-Jamal, Mumia
- Acoli, Sundiata
- Simms, Charles
- Sims, Debbie
- Orr, Delbert Orr
- Goodman, Edward
- Holloway, Janet
- Phillips, Janine
- Davis, Michael
- Phillips, William
- Al-Amin, Jamil Abdullah
- Azania, Zolo
- Barnes, Grant
- Bell, Herman
- Block, Nathan
- Bomani Sababu, Kojo
- Bowen, Joseph
- Bowers, Veronza
- Buck, Marilyn
- Burton, Fred "Muhammad"
- Campa, Rubén
- Chubbuck, Byron Shane (Oso Blanco)
- Conway, Marshall Eddie
- Dunne, Bill
- Fitzgerald, Romaine “Chip”
- Ford, Patrice Lumumba
- Gilbert, David
- González Claudio, Avelino
- González, René
- Guerrero, Antonio
- Hayes, Robert Seth
- Hernández, Alvaro Luna
- Hernández, Gerardo
- Hilton, Freddie (Kamau Sadiki)
- Hoover, Larry
- Ka'bah, Abdullah Malik (aka Jeff Fort)
- Kambui, Sekou
- Khabir, Maumin (aka Melvin Mayes)
- Kjonaas, Kevin
- Koti, Mohamman Geuka
- Laaman, Jaan Karl
- Lake, Richard Mafundi
- Langa, Mondo We
- Latine, Maliki Shakur
- López Rivera, Oscar
- Magee, Ruchell Cinque
- Majid, Abdul
- Manning, Thomas
- McDavid, Eric
- McGowan, Daniel
- Medina, Luís
- Muntaqim, Jalil
- Odinga, Sekou
- Paul, Jonathan
- Peltier, Leonard
- Pinell, Hugo "Dahariki"
- Poindexter, Ed
- Powell, Reverend Joy
- Rodríguez, Luis V.
- Shabazz Bey, Hanif
- Shakur, Mutulu
- Shoats, Russell Maroon
- Stewart, Lynne
- Torres, Carlos Alberto
- Torres, Francisco
- Tyler, Gary
- Wallace, Herman
- Waters, Briana
- Watson, Gary
- Woodfox, Albert
- Zacher, Joyanna



Advogado da resistência ao golpe é morto em Honduras

A situação de caos, assassinatos e repressão em Honduras continua acontecendo. A vítima mais recente foi o advogado Marco Tulio Amaya, da Frente Nacional de Resistência Popular, assassinado na manhã desta quarta-feira (21), na comunidade Ojo de Agua, em El Paraíso. Marco Tulio integrava a Frente de Advogados contra o Golpe de Estado e era defensor dos 56 campesinos do Instituto Nacional Agrário, vítima de perseguição pelo governo hondurenho.

Em virtude desta situação repressiva que se instalou em Honduras, trinta entidades estadunidenses, entre organizações sociais, internacionais e igrejas, que militam em prol dos direitos humanos, expressaram preocupação a respeito das graves violações dos direitos, através de uma carta enviada na véspera (20), ao Departamento de Estado, dos Estados Unidos (EUA).

As entidades denunciam que a série de violações de direitos, que tem vitimado os defensores dos direitos humanos, ativistas e até jornalistas, durante o governo do atual presidente, Porfirio Lobo, não tem sido investigada seriamente.

Elas pedem ao Departamento de Estado que denuncie de forma sistemática e publica, as violações que têm acontecido em Honduras e que encoraje o governo hondurenho a aceitar o estabelecimento de um escritório do UNCHR (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos), para fortalecer o estado de direito.

Na carta, as entidades pedem também à secretária Hillary Clinton, que "condicione o fornecimento de assistência à Honduras, à realização de uma investigação imediata destes casos e a adoção de medidas efetivas para assegurar que se ponha fim a estes abusos".

Lista de vítimas

De acordo com dados relatados na carta, a maioria das pessoas ameaçadas, atacadas e assassinadas pertencia à FNRP (Frente Nacional de Resistência Popular), ou se opunham de algum modo ao Golpe de Estado. O documento alerta ainda que a dirigente feminista Gladis Lanza, recebeu ameaça de morte, através de e-mail, no último dia 17.

As organizações fizerem ainda uma lista com nome dos ativistas sociais assassinados só no período de gestão de Lobo, entre os quais aparecem o dirigente sindical Julio Fúnez Benítez, a filha do sindicalista Pedro Brizuela, Claudia Maritza Brizuela, Francisco Castillo, Juan Manuel Flores Arguijo, Adalberto Figueroa, Gilberto Alexander Núñez Ochoa, Pedro Antonio Durón Gómez e Vanessa Zepeda Alonzo.

Fonte: Adital

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