terça-feira, 31 de maio de 2011

Eleições no Peru e a mídia conservadora

Às vésperas das eleições no Peru, a mídia conservadora começa a fazer o mesmo papelão vergonhoso que vimos no Brasil. O artigo abaixo, de Brizola Neto, faz referência ao protesto de uma jornalista, ao vivo, em sua própria emissora. Ao ver a avalanche de críticas recebidas pela emissora quando o candidato de centro esquerda foi tirado do ar num discurso importantíssimo ao vivo, para a transmissão de uma reportagem sobre "rainhas da música pop", ela própria sentiu que sua emissora tinha ido longe demais.

Paz
Alexei



Jornalista protesta no ar contra TV pró-Fujimori

O vídeo aí em cima é do programa “Primero a las Ocho”, do Canal N do Peru. O canal está para o grupo que o controla – o El Comercio – como a Globonews está para a Globo.

A apresentadora Josefina Townsend protestou, no ar, contra a decisão de interromper uma transmissão ao vivo de um juramento de Ollanta Humalla pela democracia. Ela disse que houve uma chuva de protestos contra a emissora e isso não ajudou a desfazer o clima de suspeita gerado pela demissão da jornalista Patricia Monteiro, do mesmo canal, que teria sido demitida, junto com outros, por não aceitar a orientação pró-Fujimori da emissora.

Segunto o “Knight Center” da Universidade do Texas, um centro de estudos de jornalismo que está acompanhando a cobertura das eleições peruanas, “vive-se no Peru um clima pré-eleitoral de agressões e censura contra jornalistas. Vários deles foram demitidos ou tiveram que renunciar por não se alinharem com o fujimorismo.”

Um deles foi o cartunista Miguel Det, do Paru 21, outro jornal do grupo, que demitiu-se por, segundo escreveu em carta à direção do jornal, dizendo que ele não relutava “em sacrificar a verdade e aposta por deixar mais uma vez o país aos pés de ladrões e criminosos conhecidos.”

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